segunda-feira, 15 de agosto de 2011

A doçura de um anjo com a coragem de leoa

Quando resolvi participar nesta blogagem colectiva, sabia perfeitamente quais as pessoas da minha vida que fariam parte do Nascimento e desta Melhor Idade. Não considero que ambas sejam o início e o fim desta história, porque esta história não tem um ponto de partida e de chegada, assim como não conseguimos achar o começo e o fim de um círculo. É um circulo que não para de girar, como a vida que não para de correr escoando-se entre as gerações, indo e voltando... No Nascimento foi a vida da minha filha que se iniciou, entrelaçada pela vida da sua bisavó, que não conhecerá materialmente, mas que fará parte de sua vida indubitavelmente.
Nesta fase, as atenções vão para a pessoa que participou da minha vida desde o início dela até agora, a minha querida avó materna, Luisa. Corporalmente esteve comigo até a juventude, encheu a minha infância de cor, era a única pessoa que tinha paciência para a minha energia, adorava ficar temporadas em sua casa, porque deixava-me voar. Vivia atrás dela, nunca me lembro de ouvir um grito de sua boca, ou uma palavra mais dura, até a sua expressão era serena, e passados alguns anos, concluí eu, até um pouco triste.
A minha avó tinha mãos de fada, costurava e bordava muito bem, e foi com esses dotes que ajudou a sustentar os 5 filhos quando meu avô emigrou para o Brasil nos anos 50. Em 1960, todos lá se reuniram e ainda nasceu a minha tia mais nova. Na bagagem, a minha avó levou a máquina de costura, fiel companheira, que já tinha sido de sua mãe. Quando eu era pequena esta máquina fez as delícias de muitas brincadeiras, pois a minha avó deixava-me costurar nela e fazia-me também lindos vestidos para as minhas bonecas. Uma vez presenteou-me com um urso de peluche que ela própria fez. Por causa disso a paixão pelos trabalhos manuais ainda faz parte de minha vida.
Lembro-me também de sua doçura e da tristeza que sentia por ter perdido uma filha, que morreu de parto, quando eu tinha 4 anos e das saudades que tinha da filha que foi morar para outro país, não gostava de se separar da família e tinha enormes saudades de Portugal. Uma das frases que ouvia de suas conversas com os adultos era: Os meus ossos não ficam cá, voltarão para a minha terra. Era uma profecia, porque passados 2 anos de regresso à Portugal, ela faleceu, adormeceu e nunca mais acordou, foi-se como um anjo. Eu ainda morava no Brasil, a tristeza foi muita, mas nunca senti a separação de facto, porque sinto que ela, de alguma forma está sempre ao meu lado.
Tanto a máquina como o urso até hoje estão comigo, como talismãs que eu não troco por nenhum ouro, não como objectos que me façam lembrar dela porque disso eu não preciso, sinto sempre a sua presença, e nos instantes mais delicados e críticos tenho mesmo a sua ajuda. Num dos momentos mais importantes da minha vida, senão o mais, o nascimento da minha filha, ela lá estava, vou contar-vos como foi e como estamos ligadas:

O meu avô, que conta hoje com a bela idade de 94 anos, e que se chama Luís, sempre foi muito calado, embora não fosse autoritário, pelo menos desde que me conheço por gente, simplesmente não dialogava muito na fase da sua maturidade, penso que era o fruto da época dura em que viveu. Agora,  gosta de contar as histórias do seu tempo de juventude.
No mês anterior ao nascimento de minha filha, há quase oito anos atrás, foi o baptizado de minha sobrinha e a festa foi em casa de minha mãe. Enquanto todos se afadigavam nos preparativos, eu, com a minha barriga enorme de 8 meses e o meu avô, com o peso dos anos, estávamos como reis, no meio da barafunda, aproveitando, sem culpas uma bela cavaqueira. É claro que o tema da conversa acabou por ir parar no assunto do momento: o meu bebé que iria nascer em pouco tempo. O meu avô então contou a história incrível do nascimento dos seus 6 filhos.
Naqueles tempos, os filhos nasciam em casa, com a ajuda de uma parteira. A minha mãe foi a primeira filha, nascida com a habitual ajuda, mas a minha avó ficou traumatizada com a experiência e a partir daí, segundo o meu avô, nunca quis que mais ninguém a ajudasse a ter os filhos, teve os restantes 5 filhos sozinha, inclusive a última, que nasceu no Brasil, nos anos 60, onde já era comum a recorrência aos hospitais. Chegada a hora, ela pedia para o meu avô aquecer água, trazer lençóis, arranjar uma tesoura desinfectada e a roupinha do bebé e ia para um quarto isolado, não queria ninguém por perto. Quando o meu avô regressava do trabalho já tinha o bebé nos braços e assim foi com todos eles. Eu ouvi incrédula, estes factos da vida de minha avó, sem nunca conceber que por trás daquele doce anjo, houvesse uma leoa corajosa e por outro lado nunca imaginei o meu avô a narrar estes factos, dada a sua personalidade tão reservada.
É claro, que depois disso, o pouco medo que tinha da hora do parto, dissipou-se por completo, pois ao imaginar que naqueles tempos a minha avó sozinha teve os seus filhos todos, eu, com toda a tecnologia e apoio não tinha qualquer razão para ter receio e o meu parto correu às mil maravilhas, foi rápido, nem houve tempo para a anestesia epidural, que não fez falta nenhuma. O meu anjo nunca me abandonou!
Quantas vezes, mais jovem, em momentos de solidão, abraçava-me ao urso e tudo parecia melhorar.

Existem algumas ligações entre nós, poderão ser coincidências, mas servem para reforçar os laços que nos unem, como se fizéssemos parte de algum clube privado:
A minha avó faz anos à 21 de Fevereiro, seu nome começa com a letra L.
O meu marido, faz anos à 21 de Fevereiro, seu nome começa com a letra L.
Eu nasci à 21 de Outubro, o meu nome não começa com L, mas o diminutivo, que uso, apenas após conhecer o meu marido, pois foi ele que começou a tratar-me assim, começa também com a letra L.
A nossa filha nasceu à 21 de Outubro, e o seu nome também começa com a letra L, e foi escolhido por nós, sem nunca termos ligado estes factos, apenas pelo nome nos agradar a ambos.
Coincidência ou não, acho interessante este elo que nos entrelaça uns nos outros.

Esta-me a custar chegar ao fim desta colectiva, como quando estamos a chegar ao fim de um livro que adoramos e lemos devagarinho para que não acabe depressa...Aqui quero escrever muito para não mais acabar esta viagem dentro de mim, este revoltear de sensações, que trouxe alegrias, tristezas, saudades, tantos sentimentos que me fizeram olhar para dentro, voltar a senti-los, doutra forma, e crescer, e voar bem alto, novamente.

Obrigada, queridas amigas(Rute, Gina e Rosélia), por esta ideia maravilhosa e por eu ter feito parte dela! Deixo-vos esta flor, que colhi hoje com a minha máquina, especialmente para vocês!


Outra herança que minha avó me deixou foi a paixão pela culinária e foi com ela que tive as primeiras experiências, nesse campo, de que me lembro. Nunca mais me esqueço de uma vez que fiz um pudim instantâneo de sabor a morango, cor de rosa, lindo, numas férias de Verão.
Os meus almoços de domingo, na infância, eram sempre em sua casa, e eram uma festa, com muita gente reunida à mesa e uma comida deliciosa preparada com carinho por suas mãos de fada.
Ainda hoje, faço uma receita de arroz de forno, desses tempos, que é um verdadeiro sucesso, cuja receita já postei AQUI. Mas como hoje é segunda feira, e como prometi AQUI, será sem carne. Esta postagem, terá portanto, cenas dos próximos capítulos, pois  o meu jantar, será este arroz em versão vegan! Por isso, peço-vos paciência e prometo colocar a receita e fotos logo à noite!
Esta foi a minha participação no 6º tema, a Melhor Idade, da Blogagem Colectiva Fases da Vida.

23 comentários:

  1. Só podemos ficar imensamente gratas, porque a coletiva atingiu exatamente o objetivo. Isso ficou claro com esse depoimento.
    Conversar com os mais velhos, saber das histórias do passado é muito bacana.
    Quando pretendia fazer um vídeo sobre a vida de meus pais, fiz uma "entrevista" com eles. Quantas pérolas foram colhidas! E o vídeo ficou do jeito que eu queria. Foi uma homenagem que desejava fazer aos meus pais, por tudo que me legaram, pelas dificuldades que tiveram na vida, pela superação, pelo exemplo.
    Cada vida é uma dádiva e de uma intensidade, que é um desperdício não aproveitar da melhor maneira possível.
    Muito interessante essas "coincidências"!
    Ter os filhos sozinha, sem auxílio de parteira, não é para qualquer uma!
    As pessoas se vão, mas continuam ligadas a nós, não tenho dúvida disso.
    Bjs.

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  2. Adorei, Lina, e emocionei-me com a linda história de sua avó e de seu carinho por ela !

    Os avós são seres especiais e que marcam nossa vida de forma indelével, mesmo quando convivemos por poucos anos com eles.
    Especialíssima, e mágica, foi sua conversa com seu avô, e no momento certo !

    Parabéns pela participação !

    Beijo

    PS: também citei meu avô e até coloquei uma foto dele e da minha avó na postagem !

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  3. Queridissima Lina,
    de fato custa chegar ao fim da colectiva, mas outras se sucederão, prometo!
    Agora entendo porque és tão criativa. 21 somado é número 3, e esse é o número dos artistas, dos poetas, todas as profissões e inspirações ligadas à arte da expressividade humana. Quem o diz é a numerologia :)

    Identifiquei-me quando estabeleceste o paralelo entre o nascimento da tua filha e o falecimento da tua avó. No meu caso foi a minha bisavó Carolina. A minha filha Carolina nasceu a 27 Outubro e a minha bisavó faleceu em Novembro desse ano. Como se uma tivesse passado o testemunho à outra (não só o nome). Temos uma foto duma nos braços da outra :)

    Foi a pessoa que me criou, ou ajudou a criar, já que a minha mãe sempre esteve presente, porém como trabalhava fora, a "governanta" lá da casa era a minha bisa.

    Durante muito tempo após a sua morte, sempre a pressenti como um anjo protector em formato de pomba... muita paz quando pensava nela.
    Amei este pedacinho à conversa contigo. Obrigada.
    Mil beijinhos.
    Rute

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  4. Que linda tua participação e mais um pedacinho de tua história de vida. Adorei ler e participar contigo...beijs,tudo de bom,chica

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  5. Sua postagem é muito linda. Dá vontade não parar de ler. Parabéns. Beijos.

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  6. Ainda me estou a recompor após ter lido o teu texto cheio de memórias inesquecíveis que permanecerão vivas através deste relato tão sentido.
    Famílias onde a emigração esteve ou está presente têm sempre momentos marcados pela saudade provocada pela distância.
    Gostei tanto de teres partilhado estas histórias com a blogosfera.
    Um beijinho
    Patrícia

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  7. LINA, TUDO MUITO LINDO....Adorei tudo que li e o bolo.PARABÉNS!
    ótima semana
    Bjs
    Maria

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  8. Olá, amiga
    Desejo-lhe que a encontre neste mês assim:

    "...um amanhecer colhido na luz do teu olhar,
    orvalhado de emoções vividas". (Meliss)

    Querida, que lindeza de post!!!
    DEIXAR VOAR... ah!!! se me tivessem deixado voar!!! Teria galgado alturas... mas estou fazendo isso agora na MELHOR IDADE MINHA...
    Também abordou um ponto lindíssimo: ENCHER DE COR A VIDA DO OUTRO...
    Santo Deus!!!
    Isso é a mais pura verdade... a vida sem cor e brilho é um desastre...
    Quantos tentaram minimizar a minha cor.... a alegria dos meus olhos... o sorriso dos meus lábios... mas ninguém conseguiu para sempre...
    O meu papai foi esse anjo bom como a sua vó... Todos temos um ursinho e estimação... o que foi bom nele devemos sempre recordar... o que não foi tão bom... devemos lavá-lo e deixá-lo limpinho de novo...
    Por último, ursinho lembra abraço carinhoso
    .. e nesse momento estou sendo abraçada por Deus... acolho vc nesse abraço fraterno de paz...
    ABRAÇO - é PEGAR FIRME (de coração a coração) COM O BRAÇO...

    No dia 22, tem festa no meu blog que fará 2 anos... vou esperar vc, com muito carinho...
    A nossa Blogagem Coletiva é: O QUE É ESPIRITUALIDADE PARA MIM???
    Participe como puder... seja muito bem vinda!!!

    Mesmo que uma lágrima brote como o orvalho em nossa face nesse momento...
    Confiemos que Deus tem toda a proteção da nossa vida...
    Espero vc no próximo mês...
    Bjs de paz
    http://espiritual-idade.blogspot.com/

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  9. Lina minha querida seu post me fez chegar às lágrimas hoje, muito lindo, maravilhoso. Os avós são criaturas muito fofas, e fazem um papel muito importante em nossas vidas. Eles costumam ser grandes contadores de histórias transmitidas de gerações em gerações, os feitos familiares, os acontecimentos divertidos, os costumes, e acabam sempre nos ensinanando muita coisa útil. Minha avó e minha mãe eram iogoslavas, houve também a emigraçao na nossa história de vida, e muita coisa pra se contar e a se ouvir. Parabéns pelo post. Bjos uma ótima semana

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  10. Lina!

    Quantas lembranças bonitas! Como é bom reviver para nos reencontrarmos com aqueles que amamos e que já não estão por perto.
    Sua avó foi uma guerreira!
    O amor é imortal, por isso nos sentimos tão perto daqueles que fisicamente já não estão entre nós, não é?
    Gostei muito do seu texto. Você escreve muito bem.

    Um grande abraço]
    Socorro Melo

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  11. Lina, que lindo! Lindo, lindo, lindo! Que beleza de história, até me arrepiei a imaginar a tua avó lá sozinha a ter os seus filhos, que coragem! Só uma leoa, mesmo! :) A minha avó tb teve 6 filhos em casa, mas que eu saiba foi com a parteira por perto...
    Que lindo, todas essas ligações, essa protecção do teu anjo, até na hora do parto. Bem que eu precisava de ter tido um anjo nessa hora, pq não correu nada bem, mas o que importa é que o "rebento" ficou são e salvo, eu é que fiquei esbodegada... :))
    Bem, mas voltando ao teu texto, saio daqui de alma cheia, obrigada! :)
    Bjs

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  12. Oi Lina, não mencionei a minha vida com minha avó. Adorei ver sua história que rica! E interessante. A gente fica pensando em todos que ja se foram. É muito legal.!

    Abraços,

    Elaine

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  13. Lina, fiquei emocionada ao ler seu depoimento tão carinhoso e cheio de significado sobre sua avó. Não tenho mais nenhum dos meus avós, e convivi pouco com eles. Conheço essa sabedoria que a gente aprende dos pais de nossos pais de ouvir falar, e não perco a chance de ouvir histórias de pessoas da melhor idade. Me ressinto um pouco de não ter aproveitado mais minhas avós enquanto podia, adolescente que achava que não tinha nada a ouvir, nada a aprender...obrigada por compartilhar sua linda história! Bjs!

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  14. linda sua postagem! quando puder da uma espiadinha na minha participação:

    http://anacristinap.blogspot.com/2011/08/blogagem-coletiva-fases-da-vida-melhor.html

    bjo brigadu

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  15. E assim vamos conhecendo as histórias, Foi um belo retroceder no tempo.
    bjs

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  16. Lina, bom dia!
    Que coisas lindas e sentidas compartilhaste connosco! Percebo que te tragam ainda muita emoção ao recordá-las, são estas recordações maravilhosas e estas inspirações que nos fazem sentir gratos pela Vida.
    Eu também recordo muito a minha avó materna que sempre cuidou de mim, cozinhava lindamente e um ponto comum ainda: o das festas em família. Sempre adorei o Natal porque era uma altura em que, na casa dos meus avós maternos se reunia toda a família (e se éramos muitos!) e desde espectáculos que as crianças faziam (na altura nós, os netos, ajudados pela minha mãe e minhas tias) a toda a azáfama na cozinha e nas decorações em que também participávamos eram uns momentos mágicos. A minha mãe faz anos a 22 de Dezembro, então nós costumamos lembrar-nos e dizer que a minha avó punha a mesa grande da sala no dia 22 e só a levantava no dia 6, dia dos Reis; entretanto estava sempre a cozinhar para que não se acabassem os bélhós (como na terra dela se chamam os sonhos), as broinhas doces, os bolos, os pudins, o arroz doce, as fatias douradas (rabanadas) e tudo o mais que ela adorava fazer nestas alturas; chegava a padeira e o leiteiro (que na altura iam distribuir o pão e o leite a casa) e ela convidava-os sempre a entrar e a comer um bolinho; nesses dias nós levantávamo-nos e corríamos para a mesa, tomar um pequeno almoço de príncipe (parecia como nos hotéis, melhor ainda, porque era tudo caseiro e o mais natural possível, fora o açúcar, embora ela usasse sempre açúcar amarelo! ;) ).
    Gostei muito do que contaste sobre os partos da tua avó, sou mais do que adepta dos partos naturais e aí está como as mulheres sabem o que fazer quanto à sua maternidade e aos seus partos.
    Fizeste-me lembrar ainda quando o meu filho mais novo nasceu e as irmãs assistiram ao parto: a minha filha mais velha dizia que não queria ter filhos, porque tinha um medo incrível do parto e quando viu o do irmão, que nasceu de uma forma muito tranquila, na água, na maternidade Acuario em Beniarbeig, ao som de uma musiquinha suave com sons de golfinhos e baleias, deixou de ter medo, saíu dali a dizer que queria ter os filhos dela no rio ou no mar... ainda nos rimos com ela.
    Muitos beijinhos Lina e agradeço-te teres partilhado estes sentimentos tão profundos e tão bonitos.
    Isabel Matos

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  17. Lembrar da pessoas queridas que passaram conosco momentos de especiais é muito bom.
    Me comovi com o carinho que revelas pela avó
    bjos e um a boa semana

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  18. Lina,
    a cada linha de tua narrativa fui transportada para o seio de tua família e vi, como expectadora, a doçura e fortaleza na pessoa de tua avózinha. Que mulher incrível!Tamanha têmpera não é comum.Vc é abençoada por ter sempre ao teu lado este anjo protetor.
    Mulheres como ela enriquecem a alma feminina de todas nós.
    Acredito tbém na ligação estreita entre vcs simbolicamente representada na letra L, a qual tenho muito apreço,pois tbém a trago em meu nome composto:Carmen Luiza.
    Viu só, essa confraria é grande!
    Obrigada por ter nos permitido conhecer um pouco mais sobre ti e tua preciosa avó.
    Bjkas mil,
    Calu

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  19. Assim como vc, tb tive uma ligação muito apertada com minha avó e ao ler sua história, fui parar no tempo em q era criança e ia até a casa dela, o q adorava.
    Tenha certeza q sua avó está e sempre estará ao seu lado, pois os laços de família não se dissolvem nunca. Muita paz!

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  20. adorei sua historia, fiquei emocionada...obrigada pela sua visita com palavras tão carinhosas...meu avô paterno tambem veio de Portugal ...beijos

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  21. Uma história e tanto, cheia de sentimentos, lembranças e de muito amor...
    Paz e bem

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  22. Que lindo o amor e o carinho que descreve por seus avós. Me emocionei. Como é bom relembrar, apesar da saudade, é uma história de vida que não se apage jamais. Obrigada pela visita. Bjs.

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  23. Olá amiga Lina,

    Primeiro tenho de pedir desculpas por só agora chegar por aqui...mas como deve saber, estive afastada por uns dias por conta de minha mudança de endereço e nessas horas você sabe bem como ficam as coisas, uma balburdia só...rs!

    Fui lendo sua narrativa e confesso que me senti exatamente como você no final...não queria que acabasse a estória de sua vó.
    Ela deve ter sido uma pessoa muito especial e você teve a sorte de conviver com ela e guardar em seu coração lembranças que jamais se apagarão.
    Muito emocionante sua participação, adorei!
    Bjuss!!!

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