Maturidade, de acordo com os dicionários:
"s.f. Estado das pessoas ou das coisas que atingiram completo desenvolvimento.
Período de vida compreendido entre a juventude e a velhice."
"s.f. 1 estado dos frutos ou sementes que chegaram ao grau de completo desenvolvimento. 2 idade madura 3 estado de desenvolvimento completo."
Em termos técnicos este é o período da vida em que precisamente me encontro, embora eu ache um pouco drástico classificar-me como tendo "atingido o completo desenvolvimento", se é que em algum dia o alcançarei! Em termos físicos, talvez, porque penso que não crescerei mais e o número do meu calçado há muito que se mantém, já o mesmo não posso dizer do número da roupa, este tem crescido muito, para mau dos meus pecados.
Mas foi em termos psicológicos que esta fase trouxe uma mudança radical e fulminante na minha personalidade: quando fui mãe. Não sei se atingi a maturidade ao ter sido mãe, aos 35 anos, ou se esperei a maturidade para ser mãe, é algo que ainda me pergunto, passados 7 anos do acontecido, e ainda não cheguei a uma conclusão definitiva.
Não foi e não é uma transformação fácil, embora tenha sido o que melhor me aconteceu! A maior dificuldade que tive de ultrapassar, ou melhor, de me acostumar, foi a perda da liberdade. Passei muitos anos sem condicionalismos, após ter voado para conquistar a autonomia e aquele ser pequenino, com menos de meio metro de altura, prendia-me mais do que se tivesse uma bola de ferro de 1 tonelada amarrada ao tornozelo! Quando falo nisto assim nestes termos, algumas pessoas ficam a olhar para mim como se eu fosse um ser de outro planeta, mas algumas mulheres entendem-me bem...
Aplico a seguinte frase à esta situação: Não estou bem sem ela nem com ela! É claro que grande parte desses sentimentos deveram-se à minha bebé não ter sido propriamente um anjinho: até os 5 anos ninguém dormiu uma noite completa cá em casa, foi um pesadelo que finalmente terminou e agora com quase 8 anos dorme um sono de princesa todas as noites.
Mas nunca senti uma sensação tão boa como quando a carinha dela se ilumina ao ver-me ou quando corre para mim sem qualquer hesitação e me abraça forte, sinto que é um amor genuíno que nos une, que transcende o aspecto físico, uma ligação eterna que nunca mais se quebrará.
Ser mãe foi a lição melhor que tive:
- aprendi a esperar
- aprendi a ter(mais) paciência
- aprendi a ser menos egocêntrica
- aprendi a reviver a minha infância de outra forma
- aprendi a ser mais tolerante
- aprendi que posso aprender...
...cada vez e ainda mais!
Vou aprender com ela, vendo o mundo outra vez, em cada etapa da sua vida!
Esta fase também me trouxe mais habilidades na cozinha e uma delas foi saber aproveitar a maturidade das frutas e transforma-las em compotas deliciosas. Este doce foi feito com ameixas que eu colhi no outro dia com a minha filha. O modo de fazer eu já mostrei aqui.
Esta foi a minha participação de hoje na Blogagem Colectiva Fases da Vida:Maturidade.
lIna, uma linda participação cheia de detalhes da vida e partilhando as alegrias vividas. Legal o doce também!beijos,tudo de bom,chica
ResponderEliminarLina querida que linda participação, adorei seu texto, seu depoimento vindo do coração, eu tive minha filha aos 28 anos, achei que deveria ser a idade mais apropriada quando me vi verdadeiramente preparada para tal.Ela foi muito bem planejada, e hoje é uma mulher, tem a idade que eu tinha quando ela nasceu. Como vc disse ser mãe nos faz aprender muitas coisas, nos faz crescer emocionalmente e espiritualmente, é um presente de Deus. Parabéns pelo post, a foto da sua neném, esta linda. Deve ser uma linda mocinha de 7 anos hoje. Beijinhos querida
ResponderEliminarNossa, que lindo tudo isso!!! E aquela bebezinha, coisa mais linda que está te dando toada a sabedoria de vida. Parabéns! Amei seu texto! Bjbjbj!
ResponderEliminarOlá!!!
ResponderEliminarEu também senti o mesmo quando fui mãe pela 1ª vez (ainda na "fase da Juventude"_ fui mãe aos 21 anos!). E na 2ª, aos 26 e na 3ª, aos 38, voltei a sentir o mesmo em relação ao amor indescritível que me une aos meus filhos, mas já de uma forma diferente essa sensação inicial de falta de liberdade que tinha sentido com a 1ª filha... ;) Com a 2ª e com o 3º, talvez por já estra habituada a uma outra condição, mas penso que é mais por ver as coisas de maneira diferente e para mim o conceito de liberdade também se ter transformado! :)
Gostei muito de ler a tua participação. Adoro doce de ameixa! (Adoro compotas de fruta caseiras, e sei fazê-las à moda da minha avó, os meus doces preferidos são, por ordem de preferência, o doce de tomate, o doce de melão e o doce de abóbora com nozes...)
Muitos beijinhos
Isabel Matos
Gostei muito da tua explicação pessoal acerca da maturidade. Eu fui mãe com 22 anos e apesar de ser muito nova compreendo porque sentia o mesmo. Hoje com 38 acho que estava mais preparada para passar por outra maternidade mas infelizmente a vida troca-nos sempre a volta às coisas.
ResponderEliminarBeijinhos para ti e para a tua filhota.:)
Bom fim-de-semana!
Adorei o post!
ResponderEliminarQue belo post!! :D
ResponderEliminarBeijocas
Olá, querida
ResponderEliminarNo dia de hoje, espero encontrá-la assim:
"Aquecida em ternos orvalhos de fina luz". (Mari Bózoli)
Menina, que post bem explicadinho e que fofura de bebê!!! Também fui mãe na maturidade... lindo, não?!
Gostei muito!!!
E, quando retornar, no próximo mês, esteja perfumada:
" Flores orvalhadas nas manhãs,
banhadas pelo sereno do entardecer,
carregadas de fragrâncias exóticas ou não,pálidas como a neve ou rubras de emoção". (Meliss)
Bjs de paz e boas férias de meio de ano com tudo o que vc se sentir com direito... também estarei de férias até o início do mês com post programado alguns...
Lina,
ResponderEliminarMuito verdadeiro seu depoimento.
Você teve uma princesa que não dormia. Impossível não se afetar.
Como se aprende com esses pequeninos, não? Aliás, a vida é um eterno aprendizado.
Gostei muito do link que fez com as frutas maduras.
Curta bastante sua princesa, que sempre lhe devolve em carinho seus cuidados.
Bjs.
Oi, Lina!
ResponderEliminarQue delícia de post! Não só pelas compotas que estão apetitosas, mas, pelo jeitinho gracioso que você nos descreve a maturidade. Penso, de verdade, que ninguém atinge por completo a maturidade...
Concordo com você que os filhos são o que há de mais sublime na vida de uma mulher, mas, com certeza, ao recebê-los, nos perdemos um pouco, estranhamos, mudamos nossos hábitos, rotina, etc. E a responsabilidade pesa como uma pedra amarrada ao tornozelo...
Muito legal passar por aqui e sentir esse gostoso aroma de café...
Beijos
Socorro Melo
Gostei imenso da tua participação, ser MÃE muda completamente a nossa vida, e a maneira de ser, beijinhos, desculpa estar anónimo mas existe um problema que por vezes não consigo postar como xunandinha
ResponderEliminarGostei muito do post!
ResponderEliminarBom fim de semana!
bjs
Maria
que gracinha de nene! parabens pela postagem! depois faz uma visitinha na minha participação e na participação da mamãe:
ResponderEliminarmeu blog:
http://anacristinap.blogspot.com/2011/07/blogagem-coletiva-fases-da-vida.html
blog da minha mãe:
http://mariazinhap.blogspot.com/2011/07/blogagem-coletiva-fases-da-vida.html
bjo bjo
anacristina
Lina, não só te percebo como me revejo um bocadinho nas tuas palavras. Fui mãe quase aos 32 e também senti esse "peso". A noção de que a nossa vida jamais seria a mesma. Tudo isso misturado com uma felicidade desmedida. Três anos depois, olho para trás e acho que o meu filho me fez ser uma pessoa melhor. Ensinou-me a ser todas as coisas que tão bem enumeras. Um beijo grande
ResponderEliminarP.s.: o doce parece belíssimo.
Olá Lina!
ResponderEliminarObrigada pela visita ao meu cantinho!
Não conhecia este "café" mas vou voltar mais vezes.
Adorei este texto, é profundo, faz refectir. Ser mãe deve ser mesmo mágico.
Doces caseiros sabem tão bem...com uma torradinha ou à colher mesmo! :P
Beijinhos
Viver as fases com ela...lindo isso!
ResponderEliminarNão fui, nem sou mãe, mas acompanhei minhas irmãs.
Achava lindo uma grávida, hoje nem tanto...
Nem sei porque.
uma experiência linda que nos destes
bjos
Lina querida,
ResponderEliminarQue Linda participação!!!
Realmente ser mãe nos traz sentimentos que nos deixam confusas.
E o que você disse á respeito da perda da liberdade, você tem toda a razão.
Eu que aproveitei muuuuito minha adolescência, tendo meus filhos com 30 anos, senti muito este impacto sobre minha liberdade sendo roubada.
Mas tudo muda depois que passamos a conviver com Seres que nos trazem grandes aprendizados através de seus gestos e atitudes.
Agora, imagino que não tenha sido fácil todo o período que sua filhinha teve problemas para dormir....que heroína você é....
Muito emocionante sua história.
Suas compotas estão demais!!!!
Um grande beijo em seu coração!!!
Lú
Lina, que fase boa essa! Ser mãe e aos 35? Excelente fase da mulher.
ResponderEliminarAdorei a forma com que relacionou a fase maturidade com frutas e você mesma. Perfeito.
Abraços,
Elaine
Oi Lina,
ResponderEliminarteu doce passaporte p/a maturidade veio em forma dum lindo e precioso presente__ tua bebê(fofíssima).
A cada linha de tua narrativa ia paralelamente vendo-me nas mesmas ocasiões e partilhando os mesmos sentimentos.Fui mãe ainda no período dito da juventude,e, me vi em intensivo aprendizado por cada filho que nascia.
Tenho as mesmas convicções que vc detalhou, sobre minha pessoa após a maternidade e acrescento outras duas:
_ mesmo com filhos adultos, jamais deixamos de preocupar-nos com eles,
__ e os netos, são mesmo"filhos com açúcar".
Esse movimento BCFV é um festivo painel que nos irmana.Adorei "conhecer-te".
Bjos cariocas,
Calu
Continuas a revelar-te uma escritora nata.
ResponderEliminarSaborear os teus textos é um prazer para mim.
Desta vez até conseguiste inundar-me os olhos de água.
Compreendo-te perfeitamente quando afirmas:
"aquele ser pequenino, com menos de meio metro de altura, prendia-me mais do que se tivesse uma bola de ferro de 1 tonelada amarrada ao tornozelo!"
E
"Não estou bem sem ela nem com ela!"
Embora a minha sempre tenha sido um anjinho a dormir. Acordada é que é dose!!!
A cereja no topo do bolo é aproveitar o amadurecimento das frutas em compotas. Esta foi de Mestre!!
Conforme já disse à Isabel Matos do A Escola é Bela: vou sentir falta de algumas participações quando a BCFV terminar, pois já estou viciada nestas histórias de vida :)
Mil beijos,
Rute
Depois que a gente tem filhos, nunca mais será a mesma coisa.Para mim foi uma das melhores coisas que aconteceu, pois o abraço deles é verdadeiro e único..Parabéns por seu texto tão lindo...
ResponderEliminarPaz e bem
Que bonito post Lina, senti cada palavra tua,fui mãe aos 23 e aos 28,sentia-me preparada e alimentava a esperança de vir a ter outro filho, mas infelizmente por motivos profissionais fui adiando e não se chegou a concretizar, contudo vivo com a certeza que foi a melhor coisa que me aconteceu na vida a maternidade.
ResponderEliminarO doce está com uma cor linda, acreditas que nunca provei doce de ameixa?
Gostei muito do texto e do pendular dos sentimentos.
ResponderEliminarObrigada pela partilha de todos os doces da maturidade
Lina, só hoje pude vir por aqui. Adorei o paralelo que você fez com a maturidade das frutas :-) Assim como na geleia, acho que você esperou o tempo certo para ser mãe (que bom que sua pequena está mais calma, rs). Beijos!
ResponderEliminarMuito bem descrita, a alteração provocada pela maternidade. Identifico-me com muitas coisas: fui mãe 10 dias antes de completar 35 anos, as minhas roupas também não param de crescer :))) e sim, muitas vezes tb me senti "algemada". Mas, e isto não é "discurso feito", é mesmo do coração, as compensações são ENORMES!
ResponderEliminarFelizmente a minha quase sempre dormiu bem, embora tb tenha passado muitas noites em claro, mas isso é o "normal". Mas 5 anos? Que prova de fogo! :)
Gostei muito.
Bjs
Olá Lina.
ResponderEliminarEu aprendi muito com meus filhos. Comecei a te-los aos 20 anos e também nesta idade comecei a aprender com eles. Mas boa mesmo foi a fase da adolescência deles. Tomara que esdta fase seja tão boa para você , como foi para mim.
Obrigada pelo comentário la no meu cantinho.
Já sou sua seguidora e aprenderei também com você.
Beijos
Maria Luiza (Lulú)