quarta-feira, 7 de março de 2012

A moda na Teia Ambiental

Fashion, coleção primavera-verão, acessórios, pret-a-porter, haute-couture, hippie chic, sandálias plataforma...são termos comuns no seu vocabulário?
Você tem mais de 20 pares de sapatos?
Você compra peças de roupa, acessórios ou malas, todas as semanas?
Você sabe tudo sobre as últimas tendências mesmo antes das lojas exporem as coleções?
Você compra revistas de moda com muita frequência?
As suas conversas giram em torno do que se usa em roupas, cabelos, maquilhagem?
Os seus passeios preferidos são uma ida ao shopping?
Se você respondeu sim à todas as perguntas, e não trabalha na área da moda, então é porque provavelmente é uma fashion victim(vítima da moda).
"O termo “fashion victim” foi originalmente cunhado pelo estilista Oscar de la Renta para definir pessoas que são incapazes de identificar limites da moda comumente reconhecidos. São aqueles indivíduos maravilhados com o materialismo proporcionado pelas coleções que não param de se renovar nas araras das lojas e acabam usando tudo o que vêem pela frente, muitas vezes, ao mesmo tempo."(fonte daqui)
Acho que a maioria das leitoras respondeu não às perguntas porque acho pouco provável que uma fashion victim esteja a ler um blogue de culinária, mas nunca se sabe...
Imagem daqui
Penso que quase todos nós passamos por períodos em que a moda poderá ter tido alguma importância, principalmente na adolescência, que é uma fase em que idolatramos tudo que seja fora do círculo comum e principalmente familiar. Mas algumas pessoas continuam pela vida fora em busca  do ilusório mundo perfeito, usando a moda como uma afirmação ou máscara.
É verdade que cada um faz o que quer da sua vida, mas tudo tem as suas consequências... e pensando no lado ambiental e ecológico é fácil perceber que ser hiper fashion traz consequências negativas ao meio ambiente.
Imaginem a quantidade de sapatos, roupa, acessórios comprados por uma pessoa ultra fashion que provavelmente na estação seguinte já está a descartá-los, onde é que esta tralha vai parar? Mais dia, menos dia no lixo.
E a proliferação de lojas de roupa de qualidade inferior e preços baixos, muitas vezes à custa de mão de obra explorada, simplesmente para satisfazer o modismo de uma estação e parar no lixo mais dia menos dia.
A quantidade de animais mortos para confecção de sapatos, bolsas, casacos, cintos, que muitas vezes são descartados quase novos, porque já "não se usam"...sem esquecer ainda quando são utilizados animais em perigo de extinção...
E o sofrimento dos animais para testar mais uma sombra de olhos ou rímel novo, ou qualquer parafernália perfeitamente inútil!
Estes são alguns dos prejuízos diretos que qualquer um de nós com o mínimo juízo equaciona rapidamente, mas e o que está camuflado.
Já imaginou que uma mulher com sapatos de saltos altíssimos provavelmente não anda de transportes públicos e muito menos a pé, nem que sejam distâncias curtas...olha as emissões de CO2 e gasto de energia fóssil desnecessária.
E muito menos pensar em reciclar lixo, que não sobra tempo na agenda atafulhada de cuidados de beleza.
Que princípios estas pessoas passam aos seus filhos, o materialismo em primeiro lugar?

Mas, embora seja este o lado negro da moda, felizmente já existem muitas pessoas que se preocupam em ter atitudes que respeitem o ambiente e que usam a imaginação para estarem eco fashion.
Exemplos disso:
Ecobags, bolsas em tecido para evitar o uso indiscriminado de sacos plásticos.
Imagem do Google


Customização de roupas, malas e acessórios.
As minhas pregadeiras realizadas com gravatas e botões antigos
Criação de roupa e acessórios com material reciclado.
Criação de João Sabino
Utilização de fibras naturais e mais ecologicas no vestuário(algodão naturalmente colorido, bambu, milho, coco, couro vegetal feito de latex natural são algumas opções)

Muitas marcas de cosméticos já não testam em animais! Confira aqui!

A nossa atitude em relação à moda(e em outros aspectos da vida) também tem de mudar! A moderação nas compras, a opção por peças de melhor qualidade, com preço justo, que duram mais. O uso de roupa adequada à profissão de cada um, ao estilo de vida, à ocasião, ao formato do corpo é o que nos faz sentir bem. A criatividade é que faz o estilo único de cada um e não a moda pela moda.

Lembrando sempre que a beleza interior reflete-se no nosso exterior, sem ser necessário adornos exagerados. E cuidar da beleza interior com boa alimentação, atitudes positivas e saudáveis, com certeza vai nos fazer sentir felizes e belos!

A receita que vos trago hoje não podia ser mais apropriada, um bolo sem açúcar e rico em fibras naturais.

BOLO DE BANANA SEM AÇÚCAR E SEM FARINHA.
Receita daqui
Ingredientes:
4 bananas bem maduras
1/2 chávena de uvas passas sem caroço 3 ovos 
menos que 1/2 chávena de óleo 
2 chávenas de aveia ( pode ser em grãos finos ou grossos) 
2 colheres (sopa) de fermento em pó
Preparação:
Bater no liquidificador as bananas, a uva passa, os ovos e o óleo. Numa taça colocar essa mistura e acrescentar a aveia e o fermento mexendo bem devagar. Untar e enfarinhar uma forma e levar ao forno por 20 minutos.

Esta publicação faz parte da Blogagem Coletiva Teia Ambiental, que acontece em todo dia 7 de cada mês. Veja aqui no blogue Flora da Serra outras participações.

12 comentários:

  1. Oi, querida!

    Adoro moda e acho muito legal esse setor também estar preocupado com a preservação ambiental e a utilização de materiais alternativos.

    Apoio a manifestação para que não se utilize mais animais em testes. Eu mesma só uso cosméticos "cruelty free".

    Adorei o tema!!!

    Também coloquei a minha publicação na teia: http://preservandooverde.blogspot.com/2012/03/teia-ambiental-comunidade-sustentavel.html

    Beijos!!!

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  2. Sem açúcar e farinha??? Que engraçado este bolo.
    Bjinho

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  3. "Nós na Teia" da vida andamos sempre, as duas, com o pensamento entrelaçado. Acredites ou não, andei uns dias a pensar publicar sobre acessórios de moda. Não era bem bem na vertente focada por ti, mas o meu enfoque pertence ao contexto geral do teu.

    Depois noutro mês, vês. Se realmente me decidir a concretizar o que ainda é só ideia.

    Ainda não li o post da Rô, mas só pelo título percebo que ela também está entrelaçada contigo :) A moda e o descartável tem tudo a ver. Muda-se a moda, descarta-se as cores que já não se usam, os designs, tudo fica Demodé (out of fashion).

    Pois eu sempre fui uma miúda de criar a minha própria moda. Tal como tu, transformava peças de roupa, lançava "modas" extravagantes na escola que não eram mais que manifestações da minha energia em revolução.

    Meus idolos: Madonna, Cindy Lauper, Olivia Newton John.

    E também houve uma época que revivi anos 60 e 70 com roupas e acessórios da minha mãe e avó. Por vezes hippie,outras vezes "saturday night fever" e por aí fora.

    Mas na idade atual opto acima de tudo por roupa prática e confortável. Nada de sofrer para andar "na moda".
    Beijinhos.
    Rute

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  4. Adorei o teu bolinho de banana sem açúcar. Também fiz um com banana integral e com pouco açúcar e gorduras. Só com 1 ovo. Este teu também me parece muito bem :)
    Um abraço.

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  5. Adorei essa postagem, Lina !!!
    Essa obsessão por moda sempre me incomodou, mesmo quando eu gostava de "andar na moda", pois eu sentia a pressão (quando jovem), gostava de coisas bonitas, como gosto até hoje, mas não conseguia me sentir bem com a quase obrigação de existia - e existe - de se seguir a moda.

    É claro que respondi NÃO a todas as perguntas !

    Quando lembro que minha mãe contava que teve um par de sapatos que durou 10 anos e depois outro que durou outro tanto de tempo, fico imaginando se alguém hoje em dia aceitaria uma situação dessas ? E tampouco os sapatos durariam tanto tempo...
    Meu avô punha nova sola (de couro)e eles aguentavam por muito tempo.

    E nós, da Teia Ambiental vamos fazendo nossa parte, divulgando nossas idéias preservacionistas e reforçando a idéia de que podemos criar um mundo melhor.

    Beijo

    PS: o bolo parece estar ótimo !

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  6. Lina adorei seu post,excelente, merece meus aplausos e de pé ainda. Todos deveriam ler sobre isso, é muito importante que saibam o quanto é importante a palavra adaptar, nada melhor do que usar algo que se adapte ao seu estilo de vida, de ser e de se vestir. Estar na moda não é só usar peças caras ou que estão estampadas nas folhas das revistas, é algo além, é primordial estar de bem consigo mesma!Quanto ao seu bolo, achei ótimo, saudável e sem açúcar? Perfeito. Bjos querida amiga

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  7. Este é um tema totalmente necessário,Lina.A roda-viva do consumismo esculpiu modismos que foram adotados sem muita reflexão e aí vemos as situações que vc tão bem apontou.

    Nunca fiu vítima da moda,na juventude gostava muito de inovar, isso sim, com vestes de minha mãe ou de minha avó, acessórios e outras coisinhas.Elas sabiam bem aproveitar e modificar as roupas antigas dando-lhes ares novos.
    Faço o mesmo com as minhas que se fazem longamente aproveitáveis.
    Moderação, bom gosto e bom senso independem de quantidade de peças.Vamos usar nossa natural criatividade e promover a sustentabilidade consciente e urgente.

    Teu post está excelente!
    Bjkas,
    Calu

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  8. Lina,

    fantástico post!

    Eu nunca me senti fascinado por moda, a não ser por alguns fotografos que brincam um pouco com o plástico e a artificialidade da moda. Mas isso já é a minha veia artística a falar hehehe.

    Muitos abraços para ti e, mais uma vez, parabéns pelo post!
    Jorge Vicente

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  9. Sua postagem está show e deveria ser distribuída principalmente nas escolas. Mas sabe, acho que os maiores culpados da existência das vítimas, nem é a indústria da moda, ela apenas responde às necessidades das consumidoras ávidas e inseguras. Considero a fashion victim uma pessoa doente que merece um belo tratamento, que promova mudança de mentalidade e comportamento. Em geral as filhas herdam da mãe o hábito do consumo e vou te dizer que muitas mulheres estão agora no shopping tentando comprar algo que supra as suas lacunas.
    Admiro Oscar de la Renta pela postura, provando que mesmo quem está envolvido com moda, não se envolve com as futilidades do meio. Versace também disse: "Quando uma mulher altera o seu olhar drasticamente de época em época, ela se torna uma vítima da moda".
    Com o calor que faz, as bananas amadurecem muito rápido e essa receita veio à calhar!!
    Feliz dia da mulher!! Beijus,

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  10. Oi Lina! Um prazer receber você lá no blog e poder vir no "seu café"! Que chique! Sua participação na Teia Ambiental está show! Eu, graças a Deus, desde pequena aprendi a dizer "não ao desperdício" e ando na contra mão da moda! A minha moda, eu é que faço! Acabo de atualizar o EcoBlog. Obrigada pela visita! Beijocas ecológicas e bom final de semana! Tetê

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  11. Olá, querida Lina
    Não sou vítima da moda e reciclo o tempo todo... caminho no bom senso e no meu estilo próprio...
    Com a maturidade a gente chega lá...
    Copiei o bolo porque deve ficar um espetáculo!!!
    Bjm de paz e ecológico

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  12. oi Lina
    demorei mas cheguei, rs....
    que lugar bom de se estar é o teu blog.
    sua postagem é de fato muito importante, esclarecedora.
    Pena que as vítimas da moda não "perdem tempo" refletindo estas questões.
    Quanto ao bolo, AMEI.
    rs
    sou louca por bolos.
    deixo um abraço e um desejo sincero de que seu dia seja ótimo.

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